Mês: junho 2013

CQM convida: Participe das atividades da Frente de Luta pelo Transporte

REDUZIR A PASSAGEM DO BUZÃO PELA FORÇA DAS RUAS!

Milhões nas ruas em todo o Brasil. No dia 17 de junho em Curitiba, mais de quinze mil pessoas foram protestar contra a tarifa injusta e a violência da polícia. Na quinta e na sexta-feira também ocorreram grandes mobilizações. Pressionado pela força do movimento, no dia 20, o prefeito Gustavo Fruet baixou a tarifa de R$ 2,85 para R$ 2,70. A redução da tarifa foi uma vitória do movimento. Mas foi uma vitória insuficiente.

Exigimos a redução da tarifa para R$ 2,60 nos dias de semana e 1 real aos domingos. Exigimos o congelamento do preço nesse valor. E mais. Os recursos que bancam essa redução não podem vir de serviços públicos, mas do lucro dos empresários de transporte, essa máfia que ganha muito dinheiro às custas do nosso direito de ir e vir.

Somos pela criação de uma empresa pública para gerir o transporte. Somos pela tarifa zero! Mobilidade urbana não é só ir ao trabalho, mas ter um acesso verdadeiro à cidade. Lutamos para que seja aberta a caixa preta da URBS e haja transparência no valor da tarifa para toda a população! A juventude é a mais afetada com a falta de empregos. Por isso lutamos pelo passe livre estudantil, para que o estudante tenha garantido o acesso á educação. Somos contra a proposta de ônibus específicos para mulheres, porque não resolve a questão, não ataca o machismo. A diminuição da passagem e a melhoria da qualidade também é uma pauta das mulheres.

A Copa do Mundo também atinge nossos direitos! São despejos forçados, mudança dos trajetos de ônibus para isolar a população das áreas dos estádios. A não integração metropolitana também é reflexo disso. Por isso lutamos contra os crimes da Copa, a exemplo da manifestação que ocorreu no sábado em Brasília!Imagem

Em Brasília, No Rio de Janeiro e em São Paulo, as manifestações estão cada vez maiores. O povo perdeu a paciência! O Estado e a polícia perderam a razão! Não estamos numa ditadura, mas a violência da repressão caiu com mão de ferro. Batem, atiram, prendem, reprimem. A Polícia Militar vê o povo como seu inimigo e os governos não estão do nosso lado. Lutamos contra a repressão criminosa e violenta das manifestações. Temos o direito e o dever de protestar! E somos maioria. Nenhum cacetete, nenhuma bala de borracha vai nos deter.

2,60 JÁ! SE A TARIFA NÃO BAIXAR, CURITIBA VAI PARAR!

Frente de Luta pelo Transporte

Atividades:

-Conversa sobre a Tarifa Zero com o Professor Lafaiete Neves

Onde: Reitoria da UFPR, anfiteatro 100, Dom Pedro I na Rua General Carneiro, 460.

Quando: Sexta, 28 de junho a partir das 18h30min.

-Assembleia da Frente de Luta pelo Transporte

Onde: Praça Owaldo Cruz, R. Brigadeiro Franco, s/ nº, Centro.

Quando: Segunda, 1 de Julho a partir das 18h30mim.

-VI Ato Pela Redução da Passagem em Curitiba

Onde: Concentração na Boca Maldita.

Quando: Terça, 2 de julho às 18h30min.

Participe também:

Ato pela redução da tarifa (quinta, 27.06 às 12h em frente ao Restaurante Universitário da UFPR).

Ato da Frente popular (sábado, 29.06 às 10h na Boca Maldita).

Tarifa de Curitiba cai para 2,70! A Luta Avança!

O Prefeito Gustavo Fruet prometeu hoje em coletiva de imprensa que a passagem a partir do dia 1 de Julho baixa para o valor de R$2,70 para Curitiba. As verbas para o subsídio da passagem virão de repasse da câmara dos vereadores no valor de 10 milhões de reais; do aumento da fiscalização do ISS, que resultará entre 6 e 8 milhões; cortes na verba da publicidade da copa do ; e outros enxugues no orçamento. Ele prometeu que não fará cortes nas áreas da educação e da saúde. Também foi anunciado que os lucros dos empresários não serão reduzidos.

O Prefeito ainda chamou a população para atuar como fiscais dessas promessas, mas isso é muito pouco. A nossa participação precisa continuar a ser ativa e política, não de meros auditores de contas. Devemos continuar na luta por um transporte público de verdade! Não queremos que continuem lucrando em cima dos nossos direitos! Essa é uma primeira vitória do movimento, mas podemos avançar ainda mais. Nossa pauta é R$ 2,60 nos dias de semana e 1 real aos domingos! Devemos avançar em direção à Tarifa Zero!

Por isso precisamos que todxs continuem indo às ruas. Amanhã vai ser maior!

VEM PRA RUA com o BLOCO DE ESQUERDA CURITIBA – Ato 20/06

 

Participe do IV Ato contra o aumento da passagem em Curitiba junto ao BLOCO DE ESQUERDA. Acreditamos que é necessário retomar a pauta da luta pelo transporte público e de qualidade e dizemos: VAMOS ÀS RUAS LUTAR PELA REDUÇÃO DA TARIFA para toda a classe trabalhadora e juventude! A unidade de organizações, movimentos, entidades e militantes da esquerda de Curitiba é imprescindível para uma atuação consequente, classista e de qualidade!

Concentração às 16h no Largo da Ordem (em frente ao bebedouro e ao Cursinho Dynâmico) para oficina de cartazes http://tinyurl.com/oficinacartazes

SAÍDA UNIFICADA DO BLOCO PARA INCORPORAÇÃO AO ATO!

 

Liberdade: ação individualista ou construção coletiva? Esclarecimentos sobre nossa tendência política

“A transformação desta sociedade deve basear-se no protagonismo [dos movimentos sociais], ou seja, no protagonismo do povo organizado, o que diferencia esta estratégia de outras que concebem a transformação feita pelo partido de vanguarda, ou pela ação de minorias descoladas da base (como no caso do insurreicionalismo da “propaganda pelo fato” ou do foquismo, por exemplo).” –Felipe Correa, “O Agrupamento de Tendência”

Ontem (17/06), na marcha de luta contra o aumento da tarifa do transporte, ocorreram algumas confusões por conta de atitudes irresponsáveis de indivíduos ou grupos pouco organizados, que geraram grandes riscos para o movimento, tais como: perseguição aos trabalhadores do transporte, empurrões nas pessoas que estavam montando os cordões de isolamento nos semáforos para que o ato seguisse em segurança, destruição impensada etc. Estas atitudes, por sua vez, costumam ser logo classificadas pelo senso comum como “atos anarquistas”. O senso comum também associa o Coletivo Quebrando Muros ao anarquismo e, numa análise rasa, termina por concluir que estamos envolvidos neste tipo de ação. Diante disso, consideramos importante cumprir alguns esclarecimentos:

Primeiramente, é importante frisar que nós, do Coletivo Quebrando Muros, não somos especificamente anarquistas. Nossa organização é de tendência socialista libertária e, embora também congregue anarquistas e militantes que se identificam com o anarquismo, também admite espaço para pessoas que não se vinculam a uma ideologia específica, mas que possuem acordo programático com nossa forma de atuar e com nossos princípios: solidariedade de classe, autogestão, federalismo e ação direta.

Dito isto, por sermos um coletivo que visa à construção do socialismo libertário, repudiamos qualquer tipo de ação individualista que possa vir a prejudicar o movimento. Não somos contrários às radicalizações e inclusive defendemos a necessidade de um enfrentamento violento contra o Estado. Porém, este enfrentamento não se dá pela consciência descolada de determinados indivíduos, mas sim em conjunto com a base, respeitando sempre a autonomia do movimento. Para nós do Quebrando Muros, partir para ações impensadas que não contam com apoio da base social do movimento, não é agir de acordo com uma proposta libertária. Pelo contrário: permitir que a liberdade do indivíduo passe por cima da liberdade determinada pelo coletivo é um ato de autoritarismo ferrenho.

Portanto, entendemos que qualquer atuação, qualquer construção e organização dos movimentos sociais, devem ser sempre discutidas junto com a base e executada pela base, sem que os sujeitos se pautem pelos seus desejos individuais de fazerem o que quiserem ou tiverem vontade, apenas por conta de suas vaidades egoístas. A construção de um projeto de sociedade verdadeiramente libertário, e socialista, exige uma nova forma de pensamento, muito diferente da ideologia desagregadora, competitiva e individualista do capital: exige que pensemos em ação coletiva, responsabilidade coletiva, objetivo coletivo. Exige que estejamos organizados e unidos em torno de um objetivo em comum, pois só com a organização coletiva poderemos combater o nosso inimigo. Afinal de contas, sem socialismo não há liberdade, e sem liberdade não há socialismo.

Mais um ato em Curitiba!

A mídia diz mais de 10 mil, os manifestantes falam em mais de 20 mil. O que importa é que havia pessoas o suficiente para ocupar a praça Rui Barbosa inteira.

Devemos ter clareza da nossa pauta para que possamos efetivamente conquistá-la: Redução da tarifa para 2,60 nos dias de semana e 1,00 real nos domingos!

panfleto transporte

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Confira também o panfleto da Frente de Luta Pelo Transporte entregue no ato:

 

 

 

Avante na Luta Contra o Aumento: É Criada A Frente de Luta Pelo Transporte!

Mais de mil pessoas foram às ruas na ultima sexta-feira, dia 14/06, em uma mobilização chamada em apenas um dia. Mas esse é só o começo! Nesse mesma sexta-feira foi tirado um ato para segunda-feira, dia 17/06.

No sábado, foi formada a Frente de Luta Pelo Transporte, onde nos reunimos para organizar e potencializar essa luta mais do que justa! Através do Poder Popular e da Ação Direta das massas podemos — e vamos — mudar nossa realidade concretamente! Pautamos a redução imediata da tarifa, para 2,60 nos dias de semana e 1,00 nos domingos.

Porém, temos outra luta que se coloca em nosso horizonte; dado que transporte é um direito necessário para termos acesso a todos os outros direitos, ele deve nos ser garantido. Não pagamos a cada aula que assistimos numa escola pública, a cada consulta que fazemos pela saúde pública, ou toda vez que saímos nas ruas a noite pela iluminação pública. Defendemos que o transporte público se coloque no mesmo patamar que os outros serviços fundamentais. Por isso, defendemos a pauta da Tarifa Zero para todas as pessoas!

Vamos para as ruas!  Com a força do povo seremos capazes de revogar o aumento!

Amanhã vai ser maior!

http://frentedelutapelotransporte.tumblr.com/

 

 

A Luta contra o aumento continua!

Transporte público não é mercadoria, é direito e deve ser garantido. Não aceitamos que lucrem em cima dos nosso direitos. É através do transporte público que a classe trabalhadora é capaz de acessar os outros serviços. Se precisamos ir ao hospital, vamos como? E à escola? E à universidade? E ao trabalho? Agora pensemos o quanto influencia em nossas contas um aumento no preço do transporte, se tudo o que fazemos depende disso.

São Paulo levou hoje milhares de pessoas para as ruas. O Rio de Janeiro também. E a polícia, já chega mostrando sua razão de ser, prendendo mais de 70 manifestantes antes sequer dos protestos começarem. A repressão torna-se mais intensa a cada dia. Fala-se muito sobre vandalismo e sobre a violência dos manifestantes. Mas e quanto à violência da polícia que retira o vinagre da bolsa dos manifestantes, para que não possam se proteger das bombas de gás lacrimogênio? Do estado, que envia a cavalaria e veículos blindados para os protestos? Ou das empresas, que visando aumentar o seu lucro extorquem os trabalhadores, sendo que muitas vezes as pessoas tem que deixar de comer ou estudar para poderem pagar suas passagens de ônibus e ir para seus trabalhos? Se há violência por parte dos manifestantes, ela não é gratuita. Ela é uma resposta à violência do estado e dos empresários. Ela é legítima defesa.

Em Curitiba, tivemos hoje um ato com cerca de 150 pessoas, apoiando o Ato Nacional Contra o Aumento das Passagens do Transporte Coletivo. As pessoas reuniram-se na boca maldita e criticaram a criminalização do movimento e a violência da polícia em São Paulo.

O Coletivo Quebrando Muros apóia toda a mobilização contra o aumento das tarifas. Através da mobilização de massas e da ação direta, que continue a luta por um transporte público de verdade e que venham os protestos por outros direitos.

Este é só o começo!

 

 

SOLIDARIEDADE: Aos presos de SP na luta contra o aumento da tarifa

Reproduzimos aqui em nosso blog a  nota emitida pelo movimento reivindicando solidariedade aos movimentos sociais, no dia de ontem (11.06.13).

Todo apoio à luta contra o aumento da tarifa!

Por um transporte público de verdade!

Por uma vida sem catracas!

Onde há muros, há o que esconder!

Segue o comunicado:

 

Hoje, um grande ato pacífico foi reprimido brutalmente ao chegar ao Terminal
Pq. Dom Pedro II. Houve agressões e detenções arbitrárias na Praça da Sé e na
avenida Paulista.

Já temos informações de que há mais de 16 detidos, sendo 10 sem possibilidade
de fiança, 1 com fiança definida em 20 mil reais e outros 5 com fianças entre
mil e 3 mil reais.

Isso representa um processo de criminalização de uma luta pacífica e justa –
da população. Precisamos urgentemente libertar nossos companheiros, para tê-
los ao nosso lado na quinta-feira.

Para isso, contamos com a solidariedade de todos e todas que possam contribuir
financeiramente para ajudar a pagar as fianças. É possível doar pela internet
(http://www.vakinha.com.br/VaquinhaP.aspx?e=202631) ou depositar na seguinte
conta:

Caixa Economica Federal
Agência 1365
Operação: 013 (poupança)
Conta: 00021371-3
Erica Oliveira do Nascimento
CPF 384584808-16

COMITÊ DE LUTA PELO TRANSPORTE PÚBLICO

Goiânia derruba o aumento!

Retirado de: http://saopaulo.mpl.org.br/2013/06/11/vitoria-em-porto-alegre/

Após semanas de intensas mobilizações populares, o aumento da tarifa em Goiânia foi revogado na tarde de ontem (10/06). Essa conquista da luta é muito importante por dois motivos. Primeiro, porque mostra que quando o povo se organiza, ele pode transformar a realidade. Segundo, porque deixa claro que a decisão sobre o preço da passagem é fundamentalmente política: a tarifa pode tanto aumentar, quanto abaixar – ou até deixar de existir. Além disso, a conquista de Goiânia, às vésperas de mais um grande ato contra o aumento em São Paulo, nos serve de inspiração: se eles conseguiram revogar o aumento lá, podemos fazer igual aqui!

Segue abaixo declaração dos companheiros Tarifa Zero Goiânia, coletivo-membro da federação nacional do Movimento Passe Livre (MPL). Força pra quem luta!

Goiânia: suspenso o aumento da tarifa

 (publicado em passapalavra.info)

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Após cinco manifestações e dura repressão policial, o aumento da tarifa do transporte público na Região Metropolitana de Goiânia foi suspenso. Depois de vinte dias de cobrança de R$3,00 por passagem, o valor volta aos R$ 2,70 cobrados anteriormente, até que se tenha uma decisão definitiva. A ação foi tomada pelo juiz Fernando de Mello Xavier, da 1° Vara da Pública Estadual de Goiânia, pertencente ao Tribunal de Justiça de Goiás. O pedido de liminar foi feito pelo Procon após a realização das manifestações, que ocorreram antes mesmo do aumento. Uma comissão da Frente de Luta contra o Aumento havia se direcionado ao Procon ao final da segunda manifestação, realizada em 16 de maio, no eixo Anhanguera.

Apesar da tentativa de escamotear o protagonismo das lutas e da tentativa de criminalização dos manifestantes por parte da Secretaria de Segurança Pública de Goiás e dos meios de comunicação do estado, as pessoas que foram às ruas se posicionar contra o aumento mostraram que tinham razão. Foi decisiva para o posicionamento do juiz, além da pressão popular, a isenção dos impostos PIS e Cofins, decretada pelo Governo Federal para vigorar a partir de 01 de junho. Outro fator que contribuiu para a decisão foi o percentual do preço dos combustíveis no valor da tarifa, que em Goiânia tem um peso de 35%, quando o estipulado pela Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é um percentual entre 22 a 25%.

O último ato organizado pela Frente de Luta contra o Aumento ocorreu no dia 06 de junho, quando a manifestação se direcionou aos prédios da loja do Setransp (sindicato das empresas) e da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC, operadora do sistema de transporte coletivo). Apesar do clima de tensão decorrente das constantes repressões da Polícia Militar e das reações dos manifestantes, nenhuma ação de confronto foi registrada.

No dia seguinte à última manifestação, a Prefeitura de Goiânia, em acordo com as empresas, lançou oGanha Tempo, um programa de ampliação do cartão de integração, que permite aos usuários utilizar no máximo três ônibus durante um período de duas horas e meia, pagando uma tarifa. O objetivo do programa era ampliar o acesso a mais linhas de ônibus pelos usuários, sem repassar para a tarifa a redução dos impostos decidida pelo Governo Federal. Com isso a Prefeitura de Goiânia agradava aos empresários do transporte com a manutenção do valor e da garantia dos lucros, ao mesmo tempo que amenizava o impacto do novo valor sobre o usuário, sem alterar a gestão do sistema de transporte coletivo, que continua totalmente nas mãos das empresas e sem o mínimo de fiscalização por parte dos órgãos públicos.

Apesar de seu caráter temporário, até serem feitos novos cálculos sobre o reajuste, a medida é uma conquista dos usuários do transporte coletivo, trabalhadores e estudantes pelas suas manifestações nas ruas da capital goiana, mesmo com toda repressão e criminalização que tentam infligir aos manifestantes. É também uma mostra de que é possível barrar os vários aumentos de tarifa que vêm ocorrendo pelo Brasil. Apesar da conquista, os membros da Frente de Luta contra o Aumento sabem que a luta não terminou. Novas ações devem ser realizadas para que esta medida temporária se torne permanente. E, quem sabe, com a continuidade da luta não se aprofundem as reivindicações, passando a questionar os próprios contratos de concessão da exploração do sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia.